Site Index
Indice


21 passos para um
despertamento espiritual
por Harry McMullan, III
tradução em português por Ana Maria Nascimento Roberto


Passo 1: Reconhecendo nossas necessidades

 Reconhecemos o vazio espiritual de nossas vidas e admitimos nossa impotência através de nossa própria força para corrigir nossas falhas pessoais.

O que temos não é suficiente; se fosse, nunca aspiraríamos algo. A alma tem uma fome intrínseca que as coisas materiais não podem saciar e que sabe-se incompleta à parte de Deus. A variedade multiforme e as obrigações imaginárias da vida oferecem distração contínua, e freqüentemente a tragédia em solidão nos trazem face a face às mais profundas necessidades de nossa alma, impelindo-nos à procura de ajuda mais além.

Filosofias, vantagens, emoções, ambições e vaidades constrangem nossas mentes, todas clamando serem ouvidas, todas dizendo "Eu sou o que você realmente necessita", mas cujo sabor, depois de provadas, é pouco expressivo. Intimamente, sabemos do que precisamos - de Quem precisamos - pois quando diminui o constrangimento, o eu interior grita, "Isso é tudo?" e deitamos sozinhos à noite, ponderando. O reconhecimento e os tesouros do mundo te acenaram mas, para que? A pretensão vazia de respeitabilidade de seda de nossas máscaras públicas do eu são um buraco insondado de medos maníacos e concupiscências semi-destruídas, escassamente cobertas sob o gramado cuidadosamente tratado, de nossas mansões com fachada de colunatas.

Aflitos, desafortunados, angustiados ou tribulados, a insuficiência obviamente nos impele a olhar mais além de nós mesmos em busca de força. Mas por que não evitar o sofrimento, armazenando provisões antes da chegada das tempestades de inverno, quando o gelo bloqueia o porto e a busca é difícil ? Por que não encher nossas despensas com provisões de subsistência, que igualmente necessitamos agora ?

Quem não esteve prisioneiro de sua própria rabugice ? Quem nunca se sentiu marchando à força, de passos travados, descendo por caminhos inóspitos, dirigido por incontinências obscuras, temendo terminar onde detesta ? A fenda das furnas proibidas — o menor passo em falso nos leva carreira abaixo, de encontro às suas paredes dilacerantes. Mas poucos procuram ajuda até que estejam convencidos de que não conseguirão atingir o porto sob a força de sua própria embarcação, com os pés na ponte de comando e as mãos no leme. Com muita freqüência, primeiramente naufragamos, arrebatados pelo frio cortante enquanto nosso navio de sonhos vai a pique sob as águas insensíveis.

É natural querermos que todas as nossas expectativas pessoais e sonhos sejam satisfeitos, mas tal pode não acontecer. Uma embarcação com milhares de almirantes, cada qual com seu plano em separado, maltrata a si própria e perde a guerra. O melhor é que haja na direção Alguém que conheça nossos rumos melhor que nós próprios, e em quem finalmente encontraremos nosso bem supremo. Porém, enquanto nossas metas pessoais imperam supremas, e nossos próprios métodos parecem suficientes, não somos impelidos a procurar a vontade de Deus. A vida deve, então, nos ensinar as lições que nos recusamos a aprender por vontade própria.

O caminho espiritual começa quando procuramos primeiramente o sentido da vida e nosso lugar nela. Deus anela por fazer-se conhecido para nós, mas não se intromete se não for convidado; é necessário que nos cansemos do vazio. Se as circunstâncias forem muito confortáveis, talvez apenas a tragédia possa nos livrar e nos fazer sentir incomodados com as coisas como elas estão, e nos ajudar a reconhecer de quão pouco somos capazes, por nós próprios, de avaliar nosso mundo.

Referências do Livro de Urantia :

O Pai não se oculta espiritualmente, mas muitas de suas criaturas ocultaram-se nas brumas da obstinação de suas próprias decisões e, pelo momento, separaram-se da comunhão com seu espírito e com o espírito de seu Filho, mediante a escolha de seus próprios caminhos de perversão e o auto-consentimento com a arrogância de suas mentes intolerantes e suas naturezas não-espirituais. 5:1.10

As chaves do reino do céu são : sinceridade, mais sinceridade, e mais sinceridade. Todos os homens possuem estas chaves. Os homens as usam — avançam em estado espiritual — pelas decisões, mais decisões e por mais decisões. 39: 4.14

O crescimento espiritual é, em primeiro lugar, o despertar das necessidades e, em seguida, o discernimento dos conteúdos e o descobrimento dos valores. 100:2.1-2

"Este homem, Ganid, não estava sedento de verdade. Não estava insatisfeito consigo mesmo. Não estava pronto para pedir ajuda, os olhos de sua mente não estavam abertos para receber a luz para a alma. Este homem não estava maduro para a colheita da salvação; há que dar-lhe mais tempo para que as provas e dificuldades da vida o preparem para receber sabedoria e conhecimento superior." 132:7.2

Somente os que se sentem pobres de espírito têm sede de retitude. Somente os humildes buscam a fortaleza divina e anelam o poder espiritual. 140:5.8

"[Jó] ascendeu às alturas espirituais nas quais podia dizer com sinceridade : "eu me aborreço"; e então lhe foi dispensada a salvação por uma visão de Deus." 148:6.3

Nunca hesite em admitir o fracasso. Não faça nenhuma tentativa de esconder o fracasso sob sorrisos ilusórios e otimismo radiante. Sempre cai bem alegar sucesso, mas os resultados finais são sempre assustadores. Tal técnica leva diretamente à criação de um mundo de irrealidade e ao impacto inevitável da desilusão definitiva.

O sucesso pode gerar coragem e promover confiança, mas a sabedoria vem somente através das experiências de adaptação aos resultados do fracasso desse alguém. Os homens que preferem ilusões otimistas à realidade jamais poderão se tornar sábios. Somente aqueles que encaram e se adaptam aos ideais podem alcançar a sabedoria... As almas tímidas, que apenas conseguem manter a luta da vida por meio de contínuas falsas ilusões de sucesso, estão destinadas a sofrer o fracasso e a experimentar frustração quando finalmente despertarem do mundo de sonhos de suas próprias imaginações. 160:4.7-8

O que vos digo está bem ilustrado por dois homens que foram orar no templo, um fariseu e outro publicano. O fariseu esteva em pé e orou para si mesmo : "Deus dou graças porque não sou como os demais homens, que são extorsivos, ignorantes, injustos, adúlteros ou ainda como este publicano. Eu jejuo duas vezes por semana; dou dízimos de tudo o que ganho". Mas o publicano, parado à distância, nem sequer se atreveu a levantar os olhos ao céu mas sim, batendo no peito, disse : "Deus, tem compaixão deste pecador". 167:5.1

Os homens e mulheres egoístas francamente não querem pagar este preço, nem mesmo para conseguir o maior tesouro espiritual jamais oferecido ao homem mortal. Somente quando o homem houver se desiludido suficientemente das tristezas e desencantos que acompanham a busca insensata e enganosa do egoísmo, e houver descoberto posteriormente a esterilidade da religião formalizada, estará disposto a se voltar de todo o coração ao evangelho do reino, a religião de Jesus de Nazaré. 195:9.7

Passo 2: Acreditando em Deus

Passo 1: Reconhecendo nossas necessidades Passo 2: Acreditando em Deus Passo 3: Aceitando a graça de Deus Passo 4: Admitindo nossas falhas Passo 5 : Perdoando aos outros Passo 6 : Pedindo perdão aos outros Passo 7 : Aceitando o perdão de Deus Passo 8 : Vivendo uma nova vida Passo 9 : Comprometidos conosco Passo 10: Orando

Passo 11: Equilibrando o físico com o espiritual Passo 12: Perseverando na busca Passo 13: Adquirindo perspectivas Passo 14: Adquirindo fé Passo 15: Experimentando segurança Passo 16: Aprofundando o companheirismo Passo 17: Servindo aos outros Passo 18: Compartilhando nossa experiência espiritual Passo 19: Amando uns aos outros Passo 20: Amando a Jesus Passo 21: Amando a Deus